quarta-feira, 20 de maio de 2009

Pequeno e Grande



Eu não sei ser medíocre. Não sei enfrentar quem é menor que eu. Que se rebaixa. Que faz joguinhos, artimanhas, e se orgulha dos seus pequenos ganhos, de conseguir migalhas de sucesso.

Mas sei que preciso aprender a viver com críticas. E aceitar o que delas vem de bom. Mas, como fazer isso se quem te critica mal sabe fazer? E prefere implicar com vírgulas, páragrafos e distribuição de frases a planejar resultados duradouros. O dedo está sempre em riste. E o sorriso sarcástico (às vezes, velado dentro de um rosto sem expressão). Afinal, sentar em cima da própria ignorância para apontar o erro alheio é cômodo e pode ser até divertido.


E por conta disso, vou me tornando mais frio. Menos empolgado. Deixando de realizar certas coisas por receio de ser prejudicado pelos desejos dos outros. Pela vontade do próximo em te ver caindo, para poder rir e dizer "Eu consegui". Talvez por isso, às vezes, eu penso que sou mesquinho por não dividir meus livros, meus MP3, meus sonhos. E sei que faço isso para me proteger da inveja alheia (que continuará sendo UMA GRANDE MERDA) e de todo mal que desejam a mim.


Se há receita pra tudo, se todo mundo sabe como curar desde corte no dedo, dor de amor até ardência nos cotovelos (de tanta inveja), como se faz pra ser forte? Para brigar e derrotar gente minúscula?


A grandeza se vê nas atitudes ou é uma essência que devemos guardar, um valor tal como uma flor delicada, sensível ou que é danoso, maléfico...


Posso ser bonzinho demais, ou até muito ingênuo. Ou também, prefira ser criança...

terça-feira, 17 de março de 2009

Sobre o carinho...




Olá,

A pedido de um amigo que há muito tempo não via – e que me brindou com uma overdose musical, teatral e espetacular no último sábado – resolvi voltar a escrever neste espaço. Não é por falta de assunto, é ausência de dedicação de tempo, tal como fazem os muitos blogueiros que ando lendo ultimamente, mas que, ainda, não consigo copiar.

Enfim, hoje quero falar sobre algo piegas e necessário (é possível ao mesmo tempo, sem que a pieguice torre o saco? Sim, é possível – “obrigado, Vale”). Carinho.

Resolvi abordar esse assunto porque, como a maioria de nós, vivo num mundo estranho, com gente esquisita, muita informação e pouco resultado. Mas, então, por que falar sobre carinho?

Se observarmos o que nos cerca, vamos perceber que as pessoas estão precisando de contato. De conversar. De interagir. De serem ouvidas. De se sentirem necessárias, fundamentais. De mostrar-se um pouco. De permitir certas loucuras. De ser mais humanos.

A começar pelas relações familiares. Os problemas são demais, as soluções nunca chegam, e o grupo segue empurrando com a barriga (que está cada vez maior por conta do sedentarismo). “Ohana quer dizer família. E família quer dizer nunca abandonar ou esquecer” (Lilo). Mas quem hoje se sente lembrado dentro de casa. É fato que a configuração familiar mudou demais nos últimos anos. São pai e pai. Mãe e mãe. Pais separados e casados novamente. Filhos dos avós. Criados pelos tios. Filhos da puta...

Mesmo assim, com as maiores diferenças entre nós, há algo que nos congrega, que nos faz iguais: a necessidade de ser amado. E falar de amor é tão antigo e tão desnecessário que por isso estou falando de carinho.

Uma mãe diz que ama seu filho e quer o melhor para ele. Mas, ela consegue demonstrar isso, sem pensar que está ridícula e melosa? O carinho é uma forma mais sutil de demonstrar amor. Por isso, reivindico a necessidade de demonstração de carinho.

No trabalho, as tarefas são inúmeras, se acumulam, são sempre para ontem e nada parece dar certo. Os colegas de trabalho se cumprimentam, quando muito, na hora do cafezinho ou na chegada/saída. Considerando que a maioria de nós trabalha 8 horas por dia, não custaria muito perguntar como vai? se os filhos vão bem?

Carinho termina em INHO, por isso, são coisas mínimas. As atitudes são tão pequenas e corriqueiras, mas são importantes. Isso é demonstrar carinho. E caso você seja casado, não esqueça que tudo começou com um namoro. Diga sempre como ele (ela) está bonito (a), que você gosta dele (a)...

E para os solteiros, aprendam que conseguir o sexo é fácil. Mas manter a vontade de fazê-lo depende de...

CARINHO!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Perdas e aprendizagem

É curioso que, quanto mais você perde, mais você ganha. Essa semana aconteceu certas situações que provam o quanto você está (des) preparado para as novidades, mesmo aquelas que são tão esperadas.

Quando se conquista uma posição dentro do seu local de trabalho, esse degrau mais alto pode ter sido por indicação, por bajulação ou, a mais valiosa, por merecimento. O esforço, a dedicação, a competência e a responsabilidade trazem um sabor único e indescritível de vitória, de dever cumprido, e de futuro, com pitadas de esperança.

Adaptar-se à essas mudanças, a essas novas atribuições, leva tempo. E hoje, o tempo corrido, nos deixa cada vez menos tempo para nos modificarmos. Mas é gostoso perceber como é bom vencer. O ruim é perder a segunda batalha, e não pelas próprias deficiências, mas pelas intempéries que o ambiente aplica.

Se você é rechaçado, preterido, bloqueado, impedido de continuar na trajetória de conquistas por ações próprias, por erros, por cagadas suas, o único responsável é você. Mas quando ordens superiores jogam as pedras no caminho, impedindo que você deslize, a sensação de impotência é tão forte, palpável, que não há palavra confortadora ou presente que aplaque essa sensação.

Em tempo: fui promovido e, em menos de duas semanas, regredi, porque outrem não quis assim. Whatever!

E o que aprendemos? Que amaldiçoar a escuridão é tão estúpido. Que o sensato é mesmo acender uma vela. E que as luzes de um novo amanhã mostram que somos capazes de mudar de novo, e mais uma vez, e de novo, again...

Porém, certa estabilidade seria bem-vinda.